sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Uma catrefada de jogos

Catrefada é a palavra certa para discutir a quantidade de jogos que estão ao meu dispôr na library da minha conta no Steam.

Jogos que já acabei (Half-Life 1, Max Payne, Mass Effect 2, etc), jogos que já comecei mas ainda não acabei (Bastion, SpaceChem, Half-Life 2, King's Bounty: The Legend, Amnesia: The Dark Descent, etc) e uma quantidade algo imbecil de jogos que nem sequer foram instalados, quanto mais jogados (Dreamkiller, Overlord, Shank, The Whispered World, Velvet Assassin, etc).

É certo que não há espaço para tudo no disco e que colossos como o Borderlands (12GB) não ajudam a que o parco espaço livre consiga aumentar até atingir valores que tornem um novo decréscimo responsavelmente permissível.

Vale ainda a pena referir que a tostadeira que uso como computador pessoal não é capaz de correr coisas muito recentes em grandes condições. Fora algumas optimizações excepcionais (caso não se inclua a UI, o Borderlands é um bom exemplo), o resultado típico é o obtido na tentativa de correr o Orcs Must Die!. E nem sequer vale a pena tentar pegar em coisas como o Just Cause 2 (exige Windows7 e eu uso o xispe) nem Mirror's Edge (já bastou ter de jogar Mass Effect e Borderlands com tudo quase no mínimo, e resoluções de 3 algarismos por 3 algarismos).

Pequeno aparte: pensei em dar links para a página de cada jogo na loja do Steam, mas googlar o nome dos ditos cujos + steam não é tarefa complexa.

Aparte menor: como o post é uma wall of text bastante grande, desta vez tem direito a divisória para não encher a página principal. Um blogue tão frequentado como este tem de prestar atenção a esses detalhes, afinal de contas.
Há ainda outros jogos que correm em condições inesperadamente boas. O Bastion é um bom exemplo: o processador está 1 core abaixo dos requisitos mínimos e o resto está tudo na linha de água, e a coisa corre quase como uma cantiga da Disney.

Contudo, porém e no entanto, e não obstante a existência destes últimos, os itens escolhidos para consumo diário são permutações da seguinte lista:
  • Heroes of Newerth
  • League of Legends (95% das vezes contra bots, os 5% de PvP são muito ocasionais)
  • Outro jogo com o Gaurag: tipicamente Killing Floor ou Borderlands nos últimos tempos.
em que a última opção funciona como a lua, visto ter fases: tanto se faz pelo menos uma sessão de algumas horas por dia (como tem sido o caso do Borderlands), como nem sequer chega a ser corrido durante vários dias/semanas/meses (HOARD e Madballs são bons exemplos).

Ocasionalmente, manifesta-se interesse entre alguns amigos de se jogar outra coisa em conjunto. Civ4, Colonization, Dungeon Defenders, Madballs in Babo Invasion, HOARD, Monday Night Combat, e outros mais já tiveram o seu momento no centro das atenções, mas é sempre sol de pouca dura. Ora por problemas técnicos (como umas certas falhas periódicas e regulares da ligação à internet de um certo imbecil que posta neste blogue) como por acumulação gradual de desinteresse do lado dos participantes.

Ora, isto só explica a componente multi-jogador. No que toca a jogos de um só jogador, o problema é outro que também se manifesta noutras áreas.

Há 2 grandes problemas com que qualquer pessoa se depara quando ou começa ou continua uma tarefa/actividade: não se sabe por onde começar ou não se sabe onde ia.
"Mas que caralhos é que eu estava a fazer, mesmo?"
Em ambos os casos, convém mencionar que tenho alguma pré-disposição para passar várias horas a fazer algo que gosto de fazer. É uma qualidade que mais ninguém tem, logo reclamo aqui o copyright da coisa e decreto que é conteúdo original da minha autoria e que é favor não fazer cópias não-autorizadas, ou levam com a panela de sopa.

A constatação do óbvio é necessária, porque daí advém o seguinte: visto saber que tenho a pré-disposição e inclinação para passar períodos prolongados de tempo num jogo, criou-se a tendência de só iniciar sessões do jogo X que se insira nessas categorias (um jogo de bots no LoL ou um mapa de Killing Floor levam, no máximo, 30-45 minutos) quando parecer haver condições para que se cumpra uma sessão prolongada. Ou seja, só começo a jogar coisas que exigem muito tempo para serem jogadas devidamente quando vejo que o tempo em questão está disponível.

Quando há a possibilidade de haver jornadas de com outrem, tenho a tendência a evitar este tipo de jogos. Porque, apesar de ser quem sou, tenho alguma propensão a actividades "jogatinas" relativamente colectivas. Ainda que a minha estadia no WoW tenha alternado bastante entre officer ausente e "foda-se, tankar outra vez? E faildps, não?", escolho algumas instâncias de raid e/ou conversa no ventrilo com gente com quem nunca interagi cara-a-cara como alguns dos momentos mais agradáveis que já passei em companhia alheia. O sacana do hard mode do Thorim 10-man bem que quis ficar vivo, mas precisou de me matar duas vezes e morreu na mesma. O "burnout" resultante da alternância constante entre os dois estados? Esse era inevitável.

Mesmo nas situações em que a probabilidade de multiplayer acontecer é bastante remota, não inicio/continuo sessões novas. Ou quando estou num servidor de Ventrilo/Teamspeak/Mumble/etc, visto não gostar que haja outras vozes a interferir nos sons do conteúdo do qual estou a disfrutar.

E então, olha, fica-se à espera que o multiplayer aconteça. Recentemente, até tem acontecido, incidindo principalmente em sessões de Heroes of Newerth com duas ou mais pessoas. Mas foram vários os dias em que passei a noite em browsers sem que daí saisse até sair do computador propriamente dito.

Este é um dos problemas.

O outro é provavelmente o mais grave, porque tem ramificações para fora do foro do lazer. E não é o que faz pew pew.

Voltando aos jogos, há 2 exemplos: King's Bounty: The Legend e SpaceChem.

No primeiro, parei de jogar porque fui parar a uma ilha que não tinha acesso aos edifícios onde habitualmente repunha o stock de tropas perdidas em combate e teria forçosamente de criar uma estratégia nova com unidades diferentes.

No segundo, parei de jogar porque a coisa ficou mesmo muito complicada e difícil de executar. E problemas que outros resolviam assim, eram resolvidos desta forma por mim. Mas a razão principal acabou por ser a dificuldade.

E depois, até voltar a pegar num deles, ainda devem passar uns bons meses. E depois surge o problema muito bem descrito na legenda da imagem acima.

Para finalizar e porque é inevitável haver ainda mais auto-depreciação, cito o senhor Thorim referido acima, com duas pequenas singularizações:
"FAILURE! WEAKLING!"
A singularização foi passar as duas palavras ao singular, em vez do plural em que estão no original.

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Se se nota alguma desconexão entre alguns parágrafos, é porque este post levou algumas horas a ser escrito e foram visionados alguns vídeos no youtube e ouvidas algumas músicas durante a criação do dito cujo. Logo, é bem possível ter havido divagação óbvia em certos pontos.

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